O Fim dos Benefícios Fiscais de ICMS


 

Introdução

O cenário tributário brasileiro está prestes a passar por mudanças significativas a partir de 2029, com a implementação da Lei Complementar 186/2021, que determina a redução dos benefícios fiscais de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) em 20% ao ano. 

Essa legislação, inserida pelo Convênio CONFAZ ICMS 68/2022, busca reestruturar a política fiscal dos Estados e impactará profundamente as empresas que se beneficiam dessas vantagens. 

Além disso, é importante destacar que a mesma lei estabelece um prazo até o final de 2032 para a vigência dos atuais termos de Tratamento Tributário Diferenciado (TTDs) e outros benefícios fiscais de ICMS, com a extinção completa desses benefícios a partir de 2033. 

Nesse contexto de transformações tributárias iminentes, surge a necessidade de as empresas se prepararem e se assessorarem devidamente para se adaptarem a essa nova realidade. 


Mudanças Propostas e Justificativas 

A Lei Complementar 186/2021 representa um esforço por parte do governo para reformular o sistema de concessão de benefícios fiscais, visando promover uma maior equalização entre os Estados e garantir uma distribuição mais equitativa de recursos. 

A redução gradual dos benefícios fiscais de ICMS, a partir de 2029, em 20% ao ano, busca evitar distorções na competição entre os Estados, ao mesmo tempo em que busca aumentar a arrecadação dos governos estaduais.


Impacto nas Empresas e Setores Afetados

Os benefícios fiscais de ICMS têm sido essenciais para diversos setores econômicos, contribuindo para a competitividade das empresas, atração de investimentos e geração de empregos. 

Com a redução desses benefícios, as empresas que se beneficiam diretamente dessas vantagens fiscais enfrentarão um aumento na carga tributária, o que pode impactar seus custos operacionais, margens de lucro e, consequentemente, sua capacidade de investir e se expandir. 

Setores como o de produção industrial, agronegócio e comércio exterior, que frequentemente dependem desses benefícios para serem competitivos no mercado nacional e internacional, serão particularmente afetados. 

A transição para um ambiente de maior tributação exigirá uma revisão das estratégias empresariais, adoção de medidas de eficiência e, possivelmente, reajustes de preços, o que pode impactar a demanda dos consumidores. 


Preparação e Assessoria Empresarial

Frente a essa nova realidade tributária que se aproxima, as empresas devem começar a se preparar desde já para minimizar os impactos adversos. 

Uma das estratégias essenciais é buscar assessoria tributária especializada, que possa avaliar os impactos específicos no negócio, identificar possíveis áreas de otimização e desenvolver um plano de transição fiscal. 

Além disso, é fundamental que as empresas reavaliem seus modelos operacionais, investindo em processos mais eficientes, adoção de tecnologias que auxiliem na gestão tributária e na conformidade fiscal, e até mesmo explorando novas oportunidades de mercado que possam mitigar os impactos da perda dos benefícios fiscais. 


Conclusão

A iminente redução dos benefícios fiscais de ICMS a partir de 2029, conforme determinado pela Lei Complementar 186/2021 e o Convênio CONFAZ ICMS 68/2022, trará desafios significativos para as empresas que dependem dessas vantagens tributárias. 

A preparação antecipada e a busca por assessoria especializada são fundamentais para minimizar os impactos negativos e encontrar novas formas de competitividade e crescimento no novo cenário tributário. 

As empresas que conseguirem se adaptar de maneira eficaz poderão posicionar-se de forma sólida e sustentável, garantindo sua relevância no mercado mesmo diante das transformações tributárias.

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