REFORMA POLÍTICA - Sistema Majoritário Misto




Com maioria na Câmara e no Senado o governo Dilma tem tudo para ser aquele que realizará a tão falada reforma política. Mas tal reforma exige extremo cuidado, pois é um assunto muito delicado que definirá o futuro político do país.

Entre as consequências da reforma, a que afetará de forma mais acentuada nossas vidas é a relacionada ao sistema eleitoral. Hoje o sistema eleitoral brasileiro possui duas formas: proporcional e majoritário.

O SISTEMA PROPORCIONAL é usado na escolha dos deputados, tanto estadual como federal. É nele que é usado o chamado QUOCIENTE ELEITORAL:




No SISTEMA MAJORITÁRIO os votos não migram, a escolha é pela maioria dos votos válidos. Esse sistema é o usado na escolha de senadores, governadores e presidente.

Há diferentes modelos de sistema eleitoral que poderão ser adotados, mas o que tem mais chances de ser aceito será o modelo de LISTA FECHADA, preferência do PT. Através desse sistema o partido tem poder de escolher seus candidatos – sendo que essa escolha pode ocorrer de diferentes formas. Estes vão para a lista do partido e o eleitor vota na lista e não no candidato. A eleição ocorre de forma majoritária. Seria um voto no partido. Esse modelo, que pode ser comparado com o americano – já que a escolha do candidato acontece dentro do partido, como as prévias americanas – só será eficiente a partir do momento em que os cidadãos sejam filiados a partidos e, assim, escolham os candidatos.

A meu ver, o modelo apropriado seria o MAJORITÁRIO MISTO. Esse modelo une o sistema de lista fechada, majoritário, distrital e o proporcional. Nele os estados são divididos em distritos, onde os partidos lançam apenas um candidato para concorrer a deputado, de forma majoritária, e uma lista com candidatos a deputado, a serem eleitos de forma proporcional.

A maior mudança seria na escolha dos deputados, já que para senadores, governadores e presidente o sistema permaneceria sendo o majoritário.

O sistema majoritário misto permite uma maior fiscalização dos eleitores sobre seus candidatos, já que é possível definir quem o deputado esta representando, ao contrário do que ocorre agora, quando aqueles que deveriam representar o partido ou seus eleitores acabam não representando ninguém, pois são poucos os candidatos afiliados a um partido por convicção política e é impossível definir e defender o eleitorado que lhe elegeu quando o candidato pode receber votos de todas as regiões do estado. Com isso, os nossos deputados e senadores acabam representando eles mesmos.

Bom, independente do sistema, para uma verdadeira mudança no país, a maior reforma deve ocorrer na cabeça daqueles que apertam o confirma da urna.

Comentários

  1. Muito bom o post, muito informativo seu blog adorei.

    http://curioso-ricardo.blogspot.com/

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  2. Parabéns pela postagem, e blog em um contexto geral.
    O bom seria se todos ou a maioria dos blogs seguissem uma linha contrutiva como essa, mas...

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. omg bom saber disso por mim a ultima noticia de todas continua sabendo a do japao XP, mas com esse blog eu vo "ficar por dentro"

    seguindo--

    http://cronicadumrevoltado.blogspot.com

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